O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) registou o retorno de 420 mil pessoas deslocadas internamente às suas áreas de origem em Moçambique nos últimos meses.
Segundo o relatório mensal sobre a situação, do ACNUR, quase 900 mil pessoas permanecem deslocadas internamente devido à violência terrorista de orientação islâmica e ao “impacto devastador da crise climática”.
Entretanto, sobre a crise climática, a fonte destaca que Moçambique é “um dos países mais afectados do mundo e que a dupla passagem do ciclone tropical Freddy, em Fevereiro e Março de 2023, um ano após um dos mais devastadores ciclones tropicais, Gombe, teve mais de um milhão de pessoas afectadas, para além da destruição de várias infraestruturas, e deslocação de 184 mil pessoas”.
Fora isso, segundo o ACNUR, citado pela AIM, Moçambique acolhe, também, 30 mil refugiados e requerentes de asilo.
A organização, da ONU, tem trabalhado com parceiros, incluindo o governo moçambicano, para prestar serviços e assistência a refugiados, requerentes de asilo, pessoas deslocadas internamente, retornados e comunidades anfitriãs.
No entanto, até 20 de Julho deste ano, só tinha recebido 19,3 milhões de dólares americanos do seu orçamento anual para Moçambique de 47,5 milhões programados.
Em termos de necessidades, a área mais afectada é a província nortenha de Cabo Delgado, assolada pelo terrorismo desde 2017.
O ACNUR nota que 834.304 pessoas ainda estão deslocadas internamente no norte de Moçambique.
Estima que 65 por cento delas vivem em comunidades anfitriãs e o restante em centros de reassentamento.
Há também necessidade de apoio a comunidades anfitriãs para que não tenham que suportar o fardo dos deslocados, familiares ou não.
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