Mais de um milhão da população está deslocada das suas zonas de residência, em Moçambique. Os dados foram revelados hoje pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) na sua última publicação.
De acordo com a ACNUR, a violência armada em Cabo Delgado é responsável pela maioria dos deslocados, cerca de 834 mil, enquanto o ciclone Freddy, que se abateu sobre o país por duas vezes entre Fevereiro e Março, obrigou 184 mil pessoas a procurar refúgio.
Neste sentido, o número de deslocados devido ao conflito em Cabo Delgado tem tendência para diminuir desde Novembro de 2022, ao mesmo tempo que o número de população que já regressou às zonas de origem continua a aumentar e ronda actualmente 420 mil pessoas.
Há ainda 129 mil pessoas que nunca regressaram às zonas de residência depois do ciclone Idai, em 2019.
A juntar aos deslocados internos, o país conta ainda com 32 mil refugiados e requerentes de asilo oriundos de outros países.
O ACNUR é uma das organizações das Nações Unidas que revela um subfinanciamento sistemático das operações em Moçambique: a folha de informação sobre o país refere estar assegurado apenas um quarto do orçamento de 2023 de 47,4 milhões de dólares.
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