A Ordem dos Advogados de Moçambique (OAM) quer que a justiça seja imparcial no processo relativo ao acidente de viação que envolveu o filho do presidente da República, Florindo Nyusi, e que feriu duas crianças.
Em comunicado a que o MZNews teve acesso, a OAM diz ter tomado conhecimento da ocorrência no dia 12 de Julho de um acidente de viação no qual o motorista da viatura de alta cilindrada teria perdido o controlo da sua viatura e embatido numa outra viatura. Posteriormente, atropelou dois petizes no seu caminho para a escola e destruiu ainda três postos de venda de populares.
Através de uma nota de imprensa, a OAM diz que acompanhou com tristeza a informação divulgada pelos meios de comunicação social, segundo a qual, o condutor do veículo, Florindo Nyusi, não prestou a devida assistência, como está previsto na lei e que neste momento o apoio prestado às famílias das vítimas é questionável.
“Mantemos total confiança no Direito e nas instituições de administração da justiça, todavia, entendemos ser, de facto, um caso que testará a seriedade e isonomia do nosso sistema da administração de justiça”, refere a Ordem em comunicado.
A OAM considera importante que a Polícia tenha feito o seu trabalho e fidelizado o local do acidente e a busca imediata de indícios de ilícito, designadamente, imagens e medição das eventuais marcas de frenagem no pavimento, e a testagem do motorista para eventual despiste de condução sob efeito de álcool ou outras drogas ilícitas.
Refere ainda a OAM, para apuramento da verdade, é necessário que a Polícia tenha tomado depoimentos e identificado possíveis testemunhas oculares, para além da conhecida retenção dos documentos do veículo, visto que, segundo aquela entidade, circulam informações dando conta de que a viatura circulava sem a chapa de matrícula e do título de condução do condutor.
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