As acções da Polícia da República de Moçambique (PRM) têm em vista a manutenção da ordem pública e protecção do cidadão e não a repressão, segundo o Ministro do Interior, Pascoal Ronda.
Falando na quarta-feira (01), na Assembleia da República, ele deu a entender que a proporcionalidade da intervenção da PRM é para conter os ânimos e manter a ordem e segurança.
“PRM não reprime manifestações, a PRM protege as manifestações pacíficas. Contudo, quando estas se tornam violentas, a PRM é impelida a intervir para garantir a protecção dos cidadãos, dos seus bens, bem como o funcionamento normal das instituições públicas e privadas”, disse.
Entretanto, Ronda reconheceu que as recentes convulsões sociais resultaram em danos, e questionou qual seria a sua proporcionalidade sem a intervenção da polícia. “Imagine-se como seria a situação se ela [a polícia] tivesse pautado pela inacção”.
Citado pela AIM, Ronda revelou que no país houve o registo de 130 manifestações, das quais 25 com carácter violento em Nampula (09), Zambézia (06), Maputo Cidade (06), Cabo Delgado (01), Niassa (01), Tete (01) e Sofala (01).
Em consequência disso foram lavrados 33 processos-crime com 237 indiciados detidos, sendo Nampula (149), Zambézia (33), Cidade de Maputo (23), Niassa (16), Sofala (11) e Tete (05).
“Em consequência dos crimes acima descritos, lamentavelmente, registamos a perda de um cidadão, na província de Cabo Delgado [norte do país], 29 cidadãos feridos, sendo Nampula [norte] (25) e Zambézia [centro] (04)”, disse.
O até então maior partido da oposição em Moçambique, a Renamo, perdeu todos os municípios que governava, incluindo importantes cidades como Nampula e Quelimane.
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