A Associação Moçambicana de Empresas Petrolíferas (AMEPETROL) classificou ontem como “dramática” a situação do sector, por estar a comprar combustíveis mais caros, mas não haver actualizações de preço nos postos de abastecimento.
“Nós temos fé absoluta que o Governo entende o nosso drama, que é solidário e vai encontrar mecanismos para fazer com que as empresas continuem a operar com normalidade”, disse à Lusa o presidente da associação, Michel Ussene, citado pela Lusa.
Ussene reforçou os alertas da AMEPETROL que têm sido recorrentes desde o início de 2022.
Em causa está o facto de não haver actualizações de preço nos postos de abastecimento, que estão abaixo do valor de compra, acumulando-se uma dívida do Estado junto dos distribuidores.
O presidente da AMEPETROL assinalou que as descidas ocasionais do preço do crude no mercado internacional não têm aligeirado os custos de importação em Moçambique, porque são anuladas pela subida dos custos de logística, como transporte e seguros.
“Nós estamos à procura de mecanismos que não lesem o consumidor final, nem o Governo, nem as empresas, para que haja combustível em todo o mercado”, enfatizou.
Essa “equação”, prosseguiu, pode incluir a redução de impostos que incidem sobre os produtos petrolíferos.
“Entendemos que o melhor mecanismo talvez seja reduzir a carga fiscal, momentaneamente, até que a situação internacional se modifique”, destacou.
O responsável referiu que não há risco de ruptura nos postos de combustível, ainda para mais durante a época chuvosa, com Moçambique no caminho de várias tempestades.
Fonte da Autoridade Reguladora de Energia (ARENE) afastou também à Lusa o risco de quebras no abastecimento de combustível no país, tal como já aconteceu, por exemplo, no Maláui.
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