1.8 milhões recenseados nos primeiros 10 dias

1.8 milhões recenseados nos primeiros 10 dias

O recenseamento eleitoral, nos primeiros dez dias, até sábado, registou 1.8 milhões de eleitores, o que representa 18% da projecção de 9.9 milhões, informou hoje (2 de Maio) o STAE (Secretariado Técnico de Administração Eleitoral) em conferência de imprensa.

Existem 3192 brigadas que recensearam uma média de 180.805 cidadãos por dia, ou seja, 57 pessoas por brigada-dia. O fluxo é mais elevado em Gaza – 29% da meta – e mais baixo em três províncias onde existe, tradicionalmente, um grande apoio à oposição – Nampula, Tete e Zambézia – que registaram apenas 15% da meta.

Registaram-se mais mulheres do que homens – 947,637 mulheres comparadas com 860,416 homens. O STAE admite que no início houve problemas com os computadores e com as impressoras, mas que hoje todos os postos de recenseamento estão abertos e que os problemas foram “drasticamente “reduzidos nos últimos dias.

Mas os relatórios dos nossos correspondentes, em todos os municípios, têm uma informação discordante. Alguns postos por eles visitados, hoje, não estavam abertos ou não estavam operacionais. E as impressoras de cartões continuam a ser um grande problema.

Os correspondentes relatam postos que não imprimiram cartões nos últimos três ou quatro dias. Referem que pelo menos um quinto dos postos de recenseamento tem problemas com o fornecimento de materiais ou problemas técnicos, principalmente com a impressão de cartões de eleitor.

O problema da impressão de cartões foi tão grave em Gurue e Chiúre que o STAE deslocou o equipamento de impressão para os seus armazéns e imprimiu cartões durante a noite.

Isto causou um enorme protesto porque significava que os processos eleitorais estavam a ser realizados sem observadores dos partidos políticos e da sociedade civil e até sem o conhecimento dos partidos.

Surgiram alegações de que estavam a ser impressos cartões para pessoas que não se tinham registado, para serem usados para votar na Frelimo.

Foram dadas instruções para que todas as actividades de recenseamento fossem feitas nos postos de recenseamento durante o horário de funcionamento, das 08.00 às 16.00 horas. Entretanto o director-geral do STAE e outros funcionários estão hoje na Zambézia a investigar para apurar as reais razões do sucedido.

Texto: CIP

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